O estudo da Saúde do Viajante teve início por volta dos anos 50, porém apenas partir da década de 80 passou a constituir uma área do conhecimento médico, hoje conhecida como Medicina do Viajante.

Sua motivação inicial era identificar e prevenir as doenças que acometiam os viajantes de países desenvolvidos quando viajavam para regiões tropicais. Com o aumento da mobilidade internacional, sua importância vem crescendo.

Hoje, a Medicina de Viagem não se preocupa apenas com as doenças tropicais, mas sim com todos os riscos de saúde que um viajante, de qualquer nacionalidade, pode estar exposto.

Ao viajar para novos lugares o viajante estará em contato com microrganismos e condições ambientais diferentes do que está habituado. Essas diferenças podem o levar ao adoecimento, muitas vezes, em situações potencialmente graves e sem o suporte de saúde adequado.

Exemplos de doenças às quais o viajante pode estar vulnerável são: Malária, febre amarela, diarréia do viajante, sarampo, febre tifóide, raiva, tétano, Doença de Lyme, entre outras. Boa parte dessas doenças e suas complicações podem ser prevenidas por meio de vacinação, quimioprofilaxia, tratamentos auto-administrados ou medidas comportamentais.

Por isso, é muito importante que, entre 6 a 8 semanas antes de uma nova viagem, o viajante passe por uma consulta médica chamada “aconselhamento médico pré-viagem”. O objetivo dessa consulta é atualizar o cartão vacinal, além de dar orientações de saúde específicas conforme o roteiro e fornecer prescrições individualizadas para a necessidade de cada viajante.

Como preparação para a consulta, o paciente deve ter em mãos sua(s) carteira(s) de vacinação e seu roteiro de viagem completo, com as cidades que vai visitar e quantos dias passará em cada local. Isso por que essas informações são fundamentais para o médico avaliar os riscos aos quais o paciente estará exposto durante sua viagem, e assim propor a prevenção mais adequada.

Apesar de não ser uma área de atuação médica reconhecida no Brasil, é de fundamental importância que o viajante brasileiro tome cuidados de saúde antes, durante e depois de cada viagem. Sempre com o objetivo de evitar o adoecimento durante a viagem, evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas entre o Brasil e outros países e, ainda, saber quando buscar ajuda em caso de adoecimento.

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